RESUMO
A colonização do Brasil tem reflexos nos
dias atuais, onde prevalece a discriminação, injustiça social, e mudanças no
processo de exploração, a estagnação da sociedade continua viciada nas mesmas
intenções de antes, um olhar inquisitorial e excludente acontecendo ao longo do
processo histórico social do Brasil.
COLÔNIA
– FORMAÇÃO BRASILEIRA
O Brasil surgiu como projeto de exploração colonial
do reino de Portugal e Algarves. Os primeiros a serem subjugados foram os
nativos da terra, que passou a ser chamados de indígenas. Esses foram
explorados como mão de obra, mas logo os índios perceberam a má intenção e se
tornaram rebeldes refugiando-se nas matas, onde eram localizados e sumariamente
dizimados, alguns deles para não morrerem passavam a ser aliados ou escravos
dos exploradores.
Depois de algum tempo vieram os negros
trazidos da África, ainda na primeira metade do século XVI, esses vinham em
navios negreiros e trabalhavam como escravos na produção do açúcar. Dessa forma
começou a ser gerada a nação brasileira, sem preocupação social, ou de formação
cultural que resultasse aspectos positivos para o futuro do Brasil. Na verdade
eram contidos por força de violência produzindo assim pessoas sem compromisso
de nacionalidade e desfavorecidos pelo sistema que se perpetuou ao longo do
tempo.
IMPÉRIO
Em 7 de setembro de 1822, o Brasil teve sua
independência anunciada por D. Pedro I, onde os levantes dos revoltosos
continuaram por todo o território brasileiro, nessa época o imperador combatia
os revoltosos com punhos de ferro, não foram poucas as vezes que o próprio D.
Pedro I comandava pessoalmente as chacinas contra os rebeldes, no qual lhe
rendia até o título de “Imperador soldado”. As revoltas se concentravam mais na
região Nordeste, dentre as revoltas mais conhecidas foram:
o Balaiada
– Maranhão (1836-1837).
o
Revolta dos Malés - Bahia
(1835).
o A
cabanagem – Pará (1835-1840).
o Sabinada – Bahia (1837 -1838).
o
Revolução Farroupilha – Sul
(1835 -1845).
Todas essas revoltas foram de cunho social, como
podemos observar o Estado político que se formara no Brasil era de repressão. A
primeira Constituição, formação do Senado, Força Nacional,
tudo elaborado favorecendo uma elite que estava a favor do Imperador, o povo
brasileiro que são os descendentes dos índios e negros na época da colônia
permaneciam excluídos de direitos sociais, e políticos. Portanto a margem da
sociedade paritária.
REPÚBLICA
Em 1889 a monarquia da lugar a república, que resultou na mudança das pessoas
que governavam, mas não acabou o descaso social praticado na formação da nação
brasileira. Costumo dizer que deixamos de ser súdito de uma “Monarquia
Escravocrata” e entramos em uma “Ditadura Republicana”. Após 123 anos de existência
republicana já podemos ter uma análise do desempenho social, a realidade é que
pouca coisa mudou, continuamos escravos das leis impostas pelo sistema republicano,
e ainda vivemos na dependência dos políticos que praticam a cultura
paternalista do tempo das “Casas grandes e das Senzalas”, uma prova disso são os
projetos assistencialistas que se perpetuam nas populações carentes tolhendo-os
a capacidade de trabalho. O que mudou foi uma pequena ascensão e liberdade
política em que algumas vezes favorece alguém oriundo da massa popular, onde
devemos citar os dois últimos presidentes da república.
Levando em consideração esses dois governos populistas, antes de serem
contemplados com a estadia no poder eram guerreiros do povo defendendo- os através de lutas contra os demandos do
governo impositor de normas severas. Depois que mudam de lado na moeda passam a
discussar de forma contrária de antes. Percebemos então que os interesses são
pessoais, pois passam a favorecer grupos formados por cúpulas políticas, vejam
o caso “MENSALÃO”. Enquanto isso as greves que vem da classe trabalhadora e que
buscam melhorias de condições de trabalho e de vida, são mal vistas pelos que
dominam a política, até mesmo por aqueles que um dia praticaram movimentos
grevistas em um passado bem próximo.
Vejamos o caso da atual presidente Dilma Roosseff,
essa considerada subversiva no período da ditadura militar, participou de militância
em grupos comunistas onde demonstrou grande capacidade de liderança, atuou em
vários grupos como: Comando de Libertação Nacional (COLINA), Política Operária
(POLOP), Vanguarda Popular Revolucionária ( VAR-PALMARES), sempre com coragem e
ímpeto em suas atitudes. Foi acusada de deflagrar uma bomba em um veiculo
matando um jovem militar fez diversos assaltos com seu companheiro Carlos
Araújo também participante e líder do movimento VAR PALMARES. Dilma com a idade
de 22 anos foi presa e torturada para que delatasse os companheiros. Veja os
relatos sobre sua prisão:
“ Uma série de prisões de militantes conseguiu capturar José Olavo Leite Ribeiro,
que encontrava-se três vezes por semana com Dilma. Conforme o relato de
Ribeiro, após um dia de tortura, revelou o lugar onde se encontraria com outro
militante, em um bar na Rua
Augusta. Em 16 de janeiro de 1970, obrigado a ir ao local acompanhado de policiais
disfarçados, seu colega também foi capturado e, quando já se preparavam para
deixar o local, Dilma, que não estava sendo esperada, logo chegou. Percebendo
que algo estava errado, Dilma tentou sair do local sem ser notada.
Desconfiados, os policiais a abordaram e encontraram-na armada. "Se não
fosse a arma, é possível que conseguisse escapar", ressalta Ribeiro”.
Foto da ficha de Dilma Rousseff no DOPS de São Paulo, tirada em janeiro de 1970. Foi, então, levada para a Operação Bandeirante (Oban), no mesmo local onde cinco anos depois Vladimir Herzog perderia a vida. Teria sido torturada por vinte e dois dias com
palmatória, socos, pau-de-arara, choques elétricos. Relatou Maria Luísa Belloque, uma companheira de cela.
“A
Dilma levou choque até com fiação de carro, fora cadeira do dragão, pau-de-arara e choque pra todo lado”. — Maria Luísa Belloque, companheira de cela
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CONCLUSÃO
O valor que teve as lutas armadas em um período contra a liberdade de
expressão, muitos relatos de alguns ex-subversivos dizem que aquela forma de
agir era única maneira de proceder já que o governo não admitia diálogo. Muitos morreram, exilaram-se em outros países, até que em 1979 houve uma
abertura política em que deu um parecer favorável a anistia política, retornando
assim os filhos da pátria.
Com todo esse processo que aconteceu no Brasil, hoje como a presidente
Dilma vê as lutas por melhorias de vida? Como vê o delicado assunto de greve,
será que o governo quer que todos estejam submissos aos benefícios sociais e fiquem
de boca calada. Por que o Brasil não cresce por igual? Será que estando do
outro lado da moeda a coisa é muda de figura.
A anistia é bom e faz parte da democracia, pois imaginem se não houvesse
o projeto de lei que liberou o perdão político em 1979, será que Dilma estaria
na presidência da república? Esperamos que os dirigentes tenham sensibilidade com quem reivindica
direitos e participa para o processo de evolução desse país, se não
continuaremos a estagnação da sociedade e as injustiças que se propaga no seio
da mesma. A democracia é fundamental para o equilíbrio social e a desmarginalização
do brasileiro que no longo da história não teve boa sorte no seu desenvolvimento,
permanecendo em desvantagem diante de outras nações do mundo.
FONTES
GOMES, Laurentino, 1822: como um homem sábio, uma princesa triste e um
escocês louco por dinheiro ajudaram D. pedro a criar o Brasil, um pais que
tinha tudo para dar errado- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Dilma_Rousseff (Pesquisado em 24/09/2012)
Dilma assaltava com ex-marido
Ex-marido de Dilma confirma que assaltou na época da ditadura
Texto: Autor não revelado
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